Artigo
Brazilian Computer Graphics Magazine 2017
Uma característica que boa parte dos indie games brasileiros, inclusive Wells, compartilham é a nostalgia. Considerando que os estúdios independentes são criados por pessoas que amam os games, faz todo o sentido que os títulos desenvolvidos nesses estúdios busquem inspiração nos jogos que marcaram a infância.
É o caso de Wells, que faz referência ao subgênero Run and Gun, popular nos anos 90. O que diferencia Wells da maioria dos indie games nostálgicos são seus gráficos 3D, que mostram que o game é uma mistura do gênero e jogabilidade clássicas com uma pegada mais atual. E para ornar essa combinação, nada melhor do que escolher um cenário steampunk para essa história.
Neste game, você controla George Wells, um contrabandista de armas que foi apunhalado pelas costas pelo seu maior cliente, o dono da Hyde Corporation, a empresa que lidera todos os avanços tecnológicos desse universo. Após essa traição, George Wells busca vingança contra Hyde, enquanto escapa dos diversos capangas e engenhocas que o vilão envia para destruir nosso protagonista.
A jogabilidade de Wells é bastante fluida, com controles simples e responsivos, em especial quando o teclado é utilizado. O game também oferece suporte para controle, mas a mira não é mais tão precisa.
O game conta com obstáculos interessantes no cenário, além dos inimigos diversificados, que exercita o pensamento lógico do jogador. Um ponto divertido da mecânica são as balas que ricocheteiam nas paredes, de modo que o jogador pode utilizar os cenários ao seu favor na hora de planejar ataques.