Como está a representatividade feminino no mundo da tecnologia? Artigo

Como está a representatividade feminino no mundo da tecnologia?

Como está a representatividade feminino no mundo da tecnologia?

Foto Autor por  Marcelo Ramos

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O mercado de trabalho de tecnologia é dominado pelos homens, apesar de haver uma representatividade feminina crescente, ainda é possível constatar grande diferença entre os números de profissionais atuando na área e, principalmente, mulheres ocupando cargos de chefia nas grandes corporações.

Essa diferença começa muito cedo, enquanto os meninos são incentivados a despertar a curiosidade por computadores e vídeo games, as meninas ainda são majoritariamente apresentadas as brincadeiras envolvendo tarefas domésticas.

Nas universidades, o cenário se repete, apenas um pouco mais de 15% das matrículas nos cursos de Ciência da Computação e Engenharia são feitas por mulheres, de acordo com relatório de 2014 realizado pelo INEP (Instituto Nacional de Estudo e Pesquisas Educacionais).

A participação feminina na tecnologia

Apesar de nos depararmos com um cenário pouco inclusivo, nem sempre o mercado da tecnologia foi dominado por homens. Nas décadas de 1970 e 1980, eram as mulheres que compunham a maior parte de cargos relacionados a tecnologia e essa representatividade feminina também se estendia aos espaços acadêmicos das universidades.

Os estudos e os trabalhos que envolviam o manuseio de computadores estavam associados ao exercício da função de secretária, ou seja, um meio predominantemente dominado por mulheres.

A inversão dessa dinâmica ocorreu anos mais tarde. No final dos anos 1990 e início dos anos 2000, foi constatado um equilíbrio em relação ao número de homens e mulheres atuando nas áreas relacionadas à tecnologia. Após os anos 2000, o número de mulheres entrando em instituições de ensino e trabalhando com tecnologia começou a diminuir gradativamente e, hoje, acompanhamos um mercado dominado pela presença masculina.

Possíveis motivos dessa evasão

Um dos aspectos que pode ter influenciado a diminuição da participação de mulheres nesse mercado é associada a fatores culturais. É comum na nossa sociedade associarmos a figura de programador ou profissional da área de tecnologia aos homens. Apesar de ser um discurso equivocado, ele permanece sendo disseminado nos lares, escolas e nas empresas.

De acordo com um estudo publicado pela Harvard Business Review

e veiculado pelo portal SEBRAE através do Relatório de Inteligência - Mulheres na Tecnologia, de março de 2019, 41% das mulheres desistem da carreira na área de tecnologia. Esse abandono se deve a inúmeros desafios enfrentados no ambiente profissional, que vão desde assédio e desvalorização até remuneração desigual em cargos equivalentes.

O poder feminino virando o jogo


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Iana Chan - CEO e Fundadora do PrograMaria

Apesar dos desafios a serem enfrentados, as mulheres estão retomando os postos em cargos das áreas relacionadas a tecnologia. Muitas iniciativas estão sendo colocadas em prática para garantir o acesso a formação e a inclusão neste mercado. No Brasil, podemos citar a iniciativa da empreendedora paulistana Iana Chan com o PrograMaria, um projeto que nasceu para incentivar a discussão do mercado e para capacitar mulheres para atuar na área de programação e tecnologia.



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